Nascido na então villa de Barbacena, Minas, a 4 de setembro de 1820 e ali fallecido a 6 de abril de 1905. Presbyíero secular, ordenado na cidade do Rio de Janeiro. Poeta, satyrico.
BIBLIOGRAFIA — Satyras, epigrammas, etc., Rio, 1854: Sonetos e sonetinhos. Rio, 1884 ; ídem, 2.° vol., Rio, 1887; Semsaborias métricas, 2 vols., Decrepitude metromaniaca, Rio, 1894; Produções da caducidade, Rio, 1896.
DEGENERAÇÂO
Dos homens de civismo a pura raça
No torrão brasileiro degenera ;
A uberdade tornou-se tão escassa,
Que o terreno parece que não gera.
Por mais irrigação que se lhe faça,
Os fructos já não ha, como os houvera ;
A lavoura de outr'ora hoje é fumaça,
Cultivada fazenda hoje é tapera.
A industria nacional é quasi nulla,
E é só de cavalheiro a que regula,
Consistindo nas trocas e baldrocas.
A terra, emfim, não é como era d'antes :
Depois de produzir muitos gigantes,
Produz agora lesmas e minhocas.
Postado por: Joana Luiza e Sarah Villian
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
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4 comentários:
Esse Poema expressa bem como o homem tem regredido com passar do tempo, nossos atos individualistas e capitalistas tem influenciado muito na terra. Um ótimo poema, muito bom para se refletir.
Felipe Porto e Vinícius Caetano
Esse poema , que apresenta vestigios da escrita da época em que foi feito se faz entender perfeitamente . Assim como a mais de um seculo atrás , o homem não aprendeu a lição e continua a devastar a natureza com sua ganancia .
Daniel e Lucas
É um poema interessante, fala muito bem o que está acontecendo com o homem nos dias de hoje e compara com o de antes.
Thays Pires
Há mais de um século o poeta já falava da devastação da terra pelo ser humano. Com espírito capitalista e muita ambição o homem vai destruindo tudo: rios, florestas... Nem um ar de boa qualidade temos pra respirar. É um poema pra fazer o ser humano "colocar a mão na consciência" e refletir, porque nós continuamos a nos auto-destruir.
Priscilla Macedo e Jéssica Nunes
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